Número de famílias com rendimento “relativamente baixo” aumentou em Macau – estudo
O número de famílias com rendimento “relativamente baixo” aumentou nos últimos cinco anos em Macau, bem como a desigualdade na distribuição das receitas dos agregados, segundo um estudo das autoridades locais divulgado na passada sexta-feira.
O aumento do número de famílias com rendimento “relativamente baixo” é explicado pelo envelhecimento populacional e pela redução dos agregados, indicou o relatório da Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) de Macau, território que tem o segundo maior rendimento ‘per capita’ do mundo, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
No comunicado da DSEC lê-se que a desigualdade na distribuição de rendimentos nas famílias cresceu nos últimos cinco anos, uma realidade que só não se acentuou devido “à assistência social e subsídios concedidos pelo Governo de Macau”, território que é considerado a capital mundial do jogo, do qual depende a economia local.
A conclusão faz parte do Inquérito aos Orçamentos Familiares (IOF) 2012-2013/207-2018, que é realizado de cinco em cinco anos em Macau, e cujos resultados refletem o padrão de consumo e a distribuição de receita dos agregados.
Os resultados do IOF apontam também para um aumento de 65,8% dos agregados familiares idosos e para a diminuição da média da população empregada por família.
Segundo a DSEC, “a taxa de crescimento real da receita média mensal dos agregados (+14,1% face a 2012-2013) foi superior à da despesa em consumo (+3,6%)”.
No mesmo relatório destaca-se que a despesa predominante dos agregados familiares é agora na habitação e combustíveis, depois de ‘destronar’ nos últimos cinco anos os gastos em produtos alimentares e bebidas não alcoólicas.
Em julho de 2018, o FMI estimou que Macau iria registar em 2020 o maior rendimento ‘per capita’ do mundo, destronando o Qatar, subindo para os 124 mil euros, quase o triplo da média das economias mais avançadas como a Austrália, Estados Unidos, Áustria, Reino Unido e China.
Já o FMI reviu em baixa a estimativa de crescimento do território para este ano, de 5,3% para 4,3%.
Fonte: Lusa