Macau quer desenvolver plataforma de intercâmbio cultural – Chefe do Executivo

O governo de Macau quer desenvolver uma plataforma de intercâmbio cultural, no âmbito da iniciativa chinesa de desenvolvimento de infraestruturas “Uma Faixa, Uma Rota”, afirmou, em Pequim, o chefe do Executivo.

“Macau envidará esforços para criar uma plataforma de intercâmbio cultural, um local onde a ligação entre os povos é promovida através da cultura”, disse Fernando Chui Sai On.

“O governo de Macau vai tomar a iniciativa de articular estreitamente a construção do Centro [Mundial de Turismo e Lazer] com a construção de ‘Uma Faixa, Uma Rota'(…) criando uma base de ensino e formação na área do turismo e alargar o âmbito e estreitar a cooperação turística com os países” que vão integrar aquela iniciativa, afirmou.

Chui Sai On intervinha no debate temático “Entendimento entre os Povos”, no âmbito da segunda edição do fórum “Faixa e Rota”. O debate contou com a presença do Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e a líder “de facto” de Myanmar (antiga Birmânia), Aung San Suu Kyi, entre outros.

“Macau, enquanto uma das cidades da China que se abriu mais cedo para o exterior, é uma cidade de renome pela sua história e cultura, caracterizadas pelo intercâmbio entre as culturas chinesa e ocidental. A inclusividade e a diversidade, que são umas das particularidades da cultura de Macau”, afirmou.

O chefe do Executivo de Macau, que termina este ano o segundo e último mandato, acrescentou que “os valores tradicionais da harmonia e integração da sociedade são boas provas do espírito da Rota da Seda: paz e cooperação, abertura e inclusão, aprendizagem mútua e benefício mútuo”.

Chui Sai On acrescentou que “neste momento, Macau está a implementar as ‘Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau'”, que atribuiu ao território a missão de promover a coexistência de diversas culturas, com predominância para a cultura chinesa.

O projeto da Grande Baía prevê a criação de uma metrópole mundial a partir de Hong Kong e Macau, e nove cidades da província de Guangdong (Dongguan, Foshan, Cantão, Huizhou, Jiangmen, Shenzhen, Zhaoqing, Zhongshan e Zhuhai), numa região com cerca de 70 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto que ronda os 1,3 biliões de dólares norte-americanos – maior que o PIB da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20.

Assim, as autoridades de Macau estão empenhadas “em criar uma base de cooperação e intercâmbio cultural, que servirá de modelo e estímulo para o trabalho nesta área”, disse.

Macau vai apostar na “modernização, padronização e internacionalização da medicina chinesa, tendo sido definida como prioritária a criação do Laboratório de Referência do Estado para Investigação de Qualidade em Medicina Chinesa e do Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa Guangdong-Macau”, indicou.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, chega na sexta-feira, a Pequim, para participar na segunda edição do fórum “Faixa e Rota”, iniciativa chinesa de investimento em infraestruturas, e depois para uma visita de Estado, a convite do homólogo chinês, Xi Jinping. A deslocação termina em Macau, no dia 01 de maio.

Fonte: Lusa

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