Ângelo Lopes desenvolve investigação “Projectar a Independência no Feminino” durante a Residência Criativa em Maputo

O cineasta Ângelo Lopes vai desenvolver o projecto investigativo “Projectar a Independência no Feminino” durante a Residência Criativa UPCYCLES, que terá lugar de 26 de Agosto a 07 de Setembro, em Maputo.

A informação foi avançada à Inforpress pelo próprio cineasta, que assim como a produtora e realizadora cabo-verdiana Samira Vera-Cruz, foi seleccionado para participar na primeira edição da Residência Criativa UPCYCLES.

Para esta edição, foram seleccionados sete artistas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), nomeadamente, dois de Cabo Verde, um de Angola e quatro de Moçambique.

Durante esta residência, Ângelo Lopes vai desenvolver um projecto de investigação, criado em 2015, designadamente “Projectar a Independência no Feminino (PIF)”, que aborda a participação das mulheres na luta de libertação de Cabo Verde e Guiné-Bissau.

“O objectivo é trabalhar a partir dos arquivos audiovisuais e criar uma espécie de manifesto da mulher combatente, na óptica da sua invisibilidade na história oficializada. Mais do que um produto cinematográfico, o projecto se conforma no domínio da arte contemporânea”, revelou.

Conforme disse em declarações à Inforpress, essa residência será um desafio, pois, terá oportunidade de explorar novas abordagens nesse domínio.

Este projecto, realçou, é uma co-autoria da investigadora Rita Rainho.

De referir que Agnelo Lopes realizou as curtas “CASALATA” e “Canhão de Boca” e recentemente fez parte da direcção de fotografia do documentário “Bidon” de Celeste Fortes e Edson Silva, vencedor do programa DOC TV da CPLP.

A residência criativa UPCYCLES é uma iniciativa do projecto Museu do Cinema (Moçambique), financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, para o intercâmbio e a criação dos artistas emergentes dos PALOP, que propõe a reutilização de arquivos audiovisuais através da criação de obras de arte em disciplinas artísticas várias.

A residência, de acordo com o regulamento, terá um período de dois meses à distância, com início neste mês, para pesquisa e preparação dos projectos.

Depois será reservado dez dias intensivos, em Maputo, para a finalização e montagem, em que os participantes serão orientados para a concepção e criação de obras multimédias que “reciclem” imagens do arquivo audiovisual destes países e proporcionem novas interpretações da história e da memória, a elas associadas, criando novas narrativas.

O trabalho será acompanhado por dois formadores principais, Ângela Ferreira (Portugal/África do Sul) e Maimuna Adam (Moçambique), e por uma tutora e equipa técnica de apoio às questões de exibição dos trabalhos desenvolvidos, Diana Manhiça e Leonardo Banze (Moçambique).

Os últimos quatro dias do programa são dedicados, exclusivamente, à montagem de uma exposição e a sua inauguração pública, a 07 de Setembro, no espaço da Fortaleza de Maputo.

Fonte: Inforpress

Partilhe esta história, escolha a plataforma!