Instituto Superior de Engenharia de Coimbra vai formar professores de São Tomé
O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra vai formar professores da Universidade de São Tomé e Príncipe em várias áreas de engenharia e capacitar profissionais para a indústria do petróleo, anunciou o seu presidente, Mário Velindro.
Em declarações à agência Lusa, Mário Velindro explicou que as primeiras ações deverão começar em outubro, no âmbito de um protocolo de cooperação celebrado entre o instituto e a universidade.
Segundo Mário Velindro, a Universidade de São Tomé e Príncipe “tem necessidade de qualificar docentes, porque alguns não têm o mestrado concluído e outros não o iniciaram”.
A estes professores, que serão “entre 25 e 30”, será dada formação avançada em várias áreas de engenharia, nomeadamente civil, eletrónica, mecânica e informática, tanto em Coimbra como em São Tomé.
O responsável referiu que, como a Universidade de São Tomé e Príncipe “tem uma ligação forte à Agência Nacional do Petróleo e, em 2021, pensa-se que sejam abertos os primeiros poços na fronteira comum”, serão também dadas formações específicas para profissionais da indústria do petróleo.
“Estão a antever o futuro e querem começar a preparar técnicos que deem resposta às necessidades”, criando assim oportunidades de trabalho para alguma mão-de-obra local, frisou.
O protocolo tem como objetivo “desenvolver uma ampla e eficaz colaboração em temas de interesse comum, tendo como particular enfoque o processo de transmissão de conhecimento em matérias da competência de ambas as partes”.
Para que tal aconteça, além de ações de formação a estudantes, professores, investigadores e profissionais da indústria, o instituto de Coimbra e a universidade são-tomense vão organizar simpósios, conferências e ‘workshops’.
Outra vertente do protocolo é a iniciação à programação informática, que Mário Velindro considera que poderá abranger, “pelo menos, 500 jovens numa primeira fase”, preparando-os para criarem conceitos matemáticos e computacionais básicos através da linguagem de programação Scratch.
Na sua opinião, atendendo à grande percentagem de jovens que existem em São Tomé e Príncipe, a sua formação nesta área dará um grande potencial ao país.
Fonte: Lusa