Diretor do instituto de língua portuguesa reclama mais presença da Guiné-Bissau na instituição
O diretor executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), o guineense Incanha Intumbo, pediu mais presença da Guiné-Bissau nas atividades da organização, lamentando atrasos na indicação do membro do conselho de ortografia da língua portuguesa.
Incanha Intumbo transmitiu estas e outras preocupações ao chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, com quem se reuniu em audiência, no quadro de uma visita de trabalho que efetua à Guiné-Bissau.
O Conselho de Ortografia da Língua Portuguesa (COLP) deve ter a sua primeira reunião em outubro, numa organização da Universidade do Porto, mas até à data a Guiné-Bissau ainda não anunciou quem lá estará em representação do país, diligência já feita pelos restantes estados da comunidade lusófona, assinalou o diretor executivo do IILP.
O mesmo responsável disse que informou o Presidente guineense que o país está em falta em relação ao pagamento das quotizações na organização, embora não seja uma situação impeditiva da sua presença nas iniciativas do IILP, atendendo ao princípio de solidariedade entre os países.
O dirigente do instituto aconselhou que as quotas sejam pagas, porque “não fica bem que os outros países paguem para o funcionamento da organização e a Guiné-Bissau não”.
Intumbo salientou que, apesar de o país estar na liderança do IILP, também tem faltado “a reuniões importantes”.
O diretor executivo do IILP considerou que “a Guiné-Bissau está também a perder” pelo facto de ainda não ter instituído uma comissão nacional ativa a partir da qual o país poderia receber vários projetos de apoio da instituição.
“É triste tudo isso e estamos a ficar sempre um passo atrás em relação aos outros países membros”, sublinhou Incanha Intumbo, linguista formado em Coimbra.
Fonte: Lusa