Jorge Humberto promove concerto no Centro Cultural do Mindelo
O músico e compositor Jorge Humberto apresenta-se hoje, 06, no Centro Cultural do Mindelo (CCM), num concerto à sua maneira dedicado aos seus conterrâneos, que considera ser a sua “fonte de inspiração”.
O espetáculo que se insere no programa “Grandes Concertos” do Centro Cultural do Mindelo, vai ser feito, segundo o próprio artista avançou à Inforpress, com um repertório de músicas dos sete discos, que produziu desde 1992.
Um concerto, conforme a mesma fonte, dedicada aos conterrâneos, com quem pretende conviver por cerca de uma hora e meia.
“A música, como costumo dizer, é mais uma comunicação com as pessoas da minha terra, que são minha fonte de inspiração”, disse Jorge Humberto, garantindo um concerto a sua maneira, igual a que já acostumou a todos.
O músico e compositor tem a atuação marcada para as 21:00 (hora local), no Grande Auditório Luís Morais, do CCM, tendo como “convidado especial” o jovem guitarrista Vamar Martins, de quem foi colega, quando fazia parte da editora Morabeza Recorde.
“Espero que seja uma noite agradável e que as pessoas a venham viver comigo”, desejou.
Jorge Humberto vai estar acompanhado ainda de Tchenta Neves (teclado), Yannick (flauta e saxofone), Djudjin (bateria), Jimmy (baixo) e Djassa (cavaquinho), que completam a “equipa” para este concerto, cujo bilhete tem o preço de 500 escudos.
Além de São Vicente, o cantor também já fez espetáculos, nos últimos meses, em ilhas como São Nicolau e Sal e regressa nos próximos dias à França, onde reside.
Jorge Humberto nascido em São Vicente e que já foi descrito como o “poeta de Mindelo”, consagrou-se compositor e músico cabo-verdiano, conforme descrição do portfólio do CCM, ao criar um “estilo poético enriquecido por uma reflexão filosófica e social como nunca antes visto”.
Em 1982, começou a tocar mornas e coladeiras clássicas na guitarra, entre elas, mornas de Eugénio Tavares e B. Leza.
Um acidente de trabalho levou-o a desenvolver uma “forma particular de tocar a guitarra, forma esta reconhecida como a sua marca”. Mudou-se para Portugal, onde fez três álbuns: “Guentá” (1992), “Moiabo um Consolá” (1995) e “Portexperimental” (1998), que “lhe conferiram fama em Cabo Verde e nas comunidades da diáspora na Europa e nos EUA”.
Tem ainda no seu percurso outros discos como “Identidade”, “Ar de Nha Terra”, “Arpur”, e “Nôv´Astral, mais recente, lançado em 2016.
As suas composições são muito interpretadas pelos artistas cabo-verdianos.
Fonte: Sapo Musika