Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa no Porto de 09 a 13 de setembro
O Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (FESTin) decorre este ano no Porto, de 09 a 13 de setembro, com uma mostra de filmes inéditos e uma oficina de interpretação.
Em comunicado, os responsáveis explicam que o FESTin se realiza pela primeira vez no Porto, depois de 10 edições em Lisboa. Decorrerá no Tropical Hub, onde a mostra de filmes será exibida “no jardim com vista para o mar”, num “ano atípico” devido à pandemia de covid-19 que, em maio, obrigou a adiar o festival.
A primeira longa-metragem, programada para o dia 09, será “Alice Júnior”, de Gil Baroni, exibida na Berlinale e “que fala sobre a adolescência, suas inquietações, seus sonhos, e retrata a escola como um ambiente de ensino indispensável, mas que muitas vezes pode ser opressor”.
No dia seguinte, o documentário “Rogéria, Senhor Astolfo Barroso Pinto”, de Pedro Gui, apresenta ao público a trajetória da transformista brasileira Rogéria, um filme que “trata de questões de género, preconceito e afirmação de direitos no Brasil”.
No dia 11 é a vez de “Rapaz Só”, de António Borges Correia, um “docudrama” português em que o realizador “representa a si mesmo, assim com os personagens reais que o rodeiam”.
Segue-se no dia 12 “Pacarrete”, de Allan Deberton, musical “dramédia premiadíssimo”, uma ópera representativa do Nordeste brasileiro que apresenta a bailarina Pacarrete, “personagem de história singular”.
O FESTin acaba no dia 13 com a exibição de Maria do Caritó, de João Paulo Jabur, com Lilia Cabral, cuja personagem, ávida por encontrar um verdadeiro amor, apela a milagres.
Além de filmes e documentários, a programação do FESTin integra também a oficina “A Alma Através do Olhar”, gratuita, para maiores de 14 anos, que tem como “foco o trabalho da concentração e controle de texto, fundamentais para atuar diante das câmaras: a atuação necessita estar no olhar”, com o “facilitador” Thiago Schreiter que, “através de exercícios teatrais de Stanislavski e Meisner, mostra ao jovem ator/atriz que a câmara pode, e deve, ser a sua aliada”.
Todas as sessões e estão sujeitas a marcação prévia ou a entrada por ordem de chegada.
A organização salienta que, ao longo da última década, o FESTin tem “celebrado e fortalecido as diferentes expressões culturais dos países de língua portuguesa através do audiovisual” e pretende “difundir e contribuir ao desenvolvimento do cinema nestes países, valorizando suas origens históricas e culturais e fortalecendo os vínculos existentes”.
O FESTin, cuja 11.ª edição esteve programada para abril no cinema São Jorge, em Lisboa, foi adiado por causa das medidas de contingência da pandemia com a covid-19.
Fonte: Lusa