Traços, quotidiano e reflexão… Pindula inaugura primeira individual

O artista plástico Pindula inaugura, quinta-feira, a sua primeira individual. A cerimónia irá realizar-se às 16 horas (hora local) de quinta-feira, no Centro Cultural Moçambicano-Alemão, na cidade de Maputo.

O quotidiano faz-se com traços. Muita gente pode não fazer ideia disso. Este, seguramente, não é o caso de Pindula. A estrear-se numa individual de artes plásticas, o artista vai apresentar, quinta-feira, a partir das 16h, no Centro Cultural Moçambicano-Alemão, na cidade de Maputo, a individual Traços do quotidiano.

A mostra constituída por 12 telas é um convite à reflexão sobre valores prioritários para humanidade, sobretudo num período adverso como este, enfrentado por quase todo o mundo. Assim, em termos artísticos, Pindula sentiu a necessidade de criar o que considera a sua própria linguagem, colocando-se o desafio de apresentar a importância do desenho.

O propósito da exposição, logo se vê, é simples. Através desses traços que pouca gente capta diariamente, Pindula propõem-se a projectar na sua criação um conceito novo, através do desenho feito a mão. Entretanto, a mão não faz tudo.

Por isso o artista deixa-se levar por alguns procedimentos digitais (desenho gráfico e impressão), buscando na realidade coisas simples, “porque um dos aspectos que me chamou atenção neste período de isolamento é a corrida que fazemos na vida, preocupados com metas e etc. A agitação quotidiana faz com que deixemos para trás detalhes mínimos essenciais”.

Explicando melhor. Os desenhos feitos a mão, para que pudessem fazer parte da exposição de Pindula, foram transformados graficamente e, depois, impressos em telas. A individual reflecte essa relação entre o tradicional e o digital, numa espécie de proposta de transição criativa. “Muitas vezes, deixamos o passado para trás, quando podemos conciliar o antigo e o actual”.

Na percepção do autor, as 12 telas de Traços do quotidiano, em geral, apresentam possibilidades de interiorização e o reflexo da dinâmica diária. Nelas é possível ver objectos facilmente reconhecíveis e que fazem parte das necessidades das pessoas. E não se fica por aí. Lá também estão representadas as lutas, os cheiros das senhoras que fazem badjias ou o movimento dos chapas.

Traços do quotidiano vai inaugurar numa cerimónia que contará com a actuação musical de Dattie Capelli, e estará patente no Centro Cultural Moçambicano-Alemão durante 30 dias.

Fonte: O País 

Partilhe esta história, escolha a plataforma!