Cremilda Medina vai levar a morna de Cabo Verde ao Centro Unesco para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial em Beja. O espetáculo acontece a 11 de agosto pelas 21h30 (hora local).

A cantora editou no início do mês de maio o seu segundo álbum “Nova Aurora” que “tem recebido as melhores críticas e que a tem levado a pisar vários palcos, o mais recente aconteceu em Valença no dia 22 de julho juntamente com Katia Guerreiro e com o maestro António Vitctorino d’Almeida, num espetáculo de comemoração dos 70 anos de carreira do maestro”, lê-se no comunicado.

Este novo trabalho foi produzido entre Portugal e Cabo Verde, conta com a produção musical e pianista Nando Andrade e tem a participação de vários músicos de renome

Neste álbum, Cremilda, acrescenta o comunicado  “continua a sua viagem pelos ritmos da morna e da coladeira, em mais um disco a pensar na essência da tradição, continuando a sua busca e preservação pelo antigamente, em sonoridades que lhe trazem à recordação outros tempos e gentes de outrora”.

Acompanhada por Nando Andrade no piano, Dany Fonseca na guitarra, Djudjuty Alves no cavaquinho, Nandoca no baixo e Nir Paris na bateria, Cremilda Medina atua pela primeira vez em Beja e promete “um espetáculo com uma atmosfera intimista e acolhedora”, onde vai interpretar canções do primeiro álbum “Folclore” que fez com que Cremilda obtivesse o reconhecimento internacional.

Inaugurado a 11 de Julho de 2017, o Centro Unesco de Beja tem como espaço o edifício do antigo Clube Bejense, e resulta de uma vontade expressa do Município de Beja, da Unesco, e parceiros como a Direção Regional de Cultura do Alentejo, o Centro Nacional de Cultura, a Fundação Aga-Khan, o CENA – Sindicato dos Músicos, dos Profissionais do Espetáculo e do Audiovisual, a MODA – Associação do Cante Alentejano e a Confraria Gastronómica do Alentejo, em salvaguardar e promover as várias manifestações do património cultural intangível.

O centro tem também como atribuições sensibilizar as comunidades para a importância da salvaguarda do património imaterial e aumentar a sua participação nesta área assim como criar e desenvolver parcerias e redes para estabelecer programas de investigação para “colmatar lacunas de conhecimento em gestão de património imaterial”. Nesse sentido surgiram as “Noites no Logradouro” que visam proporcionar serões harmoniosos com vários estilos musicais, onde também se enquadra a morna de Cabo Verde, Património Cultural Imaterial da Humanidade Unesco.