OMS defende remuneração e um semestre para as licenças de maternidade
No âmbito da comemoração da Semana Mundial do Aleitamento Materno, que decorre entre 01 e 07 de agosto, subordinado ao tema Possibilita o aleitamento materno: faz a diferença para os pais que trabalham, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou a todas instituições públicas e privadas que previssem seis meses de licença maternidade remunerada para mães e pais, bem como criassem espaços adequados para amamentação.
“Os locais de trabalho devem prever seis meses de licença maternidade remunerada para as mães, licença de paternidade para os pais, salas ou espaços adequados para amamentação e permitir que as mães tenham tempo suficiente para extrair o leite materno ou amamentar”, referiu o representante da OMS em Timor-Leste, Arvind Mathur, via um documento a que a Tatoli teve hoje acesso.
Segundo o dirigente, “as mulheres não devem ter de escolher entre amamentar os seus filhos ou continuar a trabalhar. Os governantes devem criar políticas que garantam licenças de maternidade remuneradas e desenvolver pacotes de credenciamento de locais de trabalho favoráveis à amamentação”.
Arvind Mathur realçou “existem amplas evidências que demonstram a importância crucial da amamentação em exclusividade nos primeiros seis meses de vida, seguida da amamentação contínua por pelo menos dois anos. Mas, muitas mulheres enfrentam problemas para dar de amamentar devido a constrangimentos por parte das entidades patronais”.
O responsável defende que “o aleitamento materno é uma das formas mais eficazes de garantir a saúde e a sobrevivência da criança. O leite materno fornece aos bebés a melhor fonte de nutrição e contribui para o desenvolvimento do seu cérebro. Além disso, oferece benefícios para toda a vida, tanto para a mãe como para a criança”.
O dirigente recomenda às mães que iniciem a amamentação nas primeiras horas após o nascimento do bebé e continuem a amamentação em exclusividade nos primeiros seis meses de vida.
“Globalmente, apenas 40% dos bebés com menos de seis meses de idade são amamentados em regime de exclusividade e Timor-Leste enfrenta estatísticas preocupantes. A Pesquisa de Alimentação e Nutrição de Timor-Leste de 2020 revelou que mais de metade dos recém-nascidos não foram amamentados nas primeiras horas após o nascimento e quase 36% das crianças com até 5 meses não foram amamentadas em regime de exclusividade ”, acrescentou.
Fonte: TATOLI, I.P—Agência de Noticiosa de Timor-Leste