Artistas aumentam intercâmbio para o fomento da cultura

O reforço do intercâmbio entre artistas angolanos e brasileiros é o foco da II edição do projecto de cooperação entre os dois países, aberto no domingo, em Luanda, que este ano inclui a realização de um ciclo de formações, acções sociais e actividades culturais nas províncias do Bengo, Benguela, Huambo e na capital.

Para ministrarem as acções de formação, um grupo de 22 artistas brasileiros está, desde domingo na capital, para trabalhar, em sessões de intercâmbio, com os actores angolanos, destas quatro províncias, assim como fortalecer os laços entre os dois países, por meio das suas culturas, muito parecidas.

Durante a sua estadia, os formadores brasileiros vão ministrar cursos, palestras e apresentações cénicas gratuitas para as comunidades, nos municípios do Cazenga e Cacuaco, em Luanda, assim como na Barra do Dande, no Bengo, no Bailundo, no Huambo, e na cidade de Benguela.

O grupo de formadores brasileiros, que inclui além de historiadores, escritores, actores, professores, músicos e produtores culturais, vai ser recebido pela Fundação Globo Dikulo, responsável pela criação do projecto. Durante o período de estadia, os formadores vão também visitar alguns locais históricos de Angola.

A sua agenda de actividades inclui ainda a realização de uma “roda de conversa” com artistas e produtores culturais das quatro províncias, aos quais vão ser ministrados cursos de “Economia Criativa” e sobre a “Criação de Oficinas de Artes”.

O projecto da Globo Dikulo prevê ainda a realização de espectáculos de dança e música, assim como o lançamento de livros e a realização de seminários sobre marketing pessoal e “coaching” de carreira.

O II ciclo de intercâmbio conta ainda com o apoio do Colectivo Ombaka, em parceria com a Banga Artesanato, de Benguela, os Caçadores de Excelência, do Bailundo, a Associação Palancas Negras e o Consulado Geral de Angola em São Paulo.

Os formadoresComo membros do colectivo Raízes, a maioria dos formadores convidados desta edição é parte de um grupo de jovens artistas, académicos e activistas africanos residentes no Brasil. O seu principal objectivo é a promoção e elevação da cultura africana no Brasil, tarefa que desenvolvem com base na Lei de Incentivo à Cultura, do Brasil.

Entre a ideia de construção e massificação de múltiplas artes e da cultura africana, o projecto do colectivo Raízes destaca-se com maior amplitude em actividades ligadas à literatura, por promover títulos de autores africanos, bem como incentivar a integração cultural dos dois povos, através da divulgação de políticas públicas e culturais do Brasil.

A iniciativa facilita ainda o acesso às expressões culturais dos países africanos e contribui com o resgate histórico-cultural de uma África que não parou com o processo da escravatura, assim como mostra um novo continente africano, por meio de artistas ligados ao colectivo.

Fonte: Jornal de Angola

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