Parteiras tradicionais do Balombo reclamam da falta de material

A falta de material gastável para prestar assistência aos partos domiciliares, nas aldeias do município do Balombo, na província de Benguela, tem criado alguns transtornos para as parteiras tradicionais, que clamam por apoios das autoridades.

Segundo a Angop, as parteiras tradicionais do Balombo necessitam de luvas, tesouras, desinfectantes, detergentes, bacias, panos e fitas métricas, para realizar a sua actividade com segurança nas zonas rurais, distantes das unidades hospitalares.

Alice Cassoma, uma das parteiras tradicionais na comuna do Chingongo, no Balombo, queixa-se dos constrangimentos no atendimento das parturientes nas aldeias, por falta de condições materiais básicas para a realização do parto domiciliar.

Como consequência, muitas grávidas nas zonas rurais estão sem receber cuidados pré-natais básicos. Razão que leva Alice Cassoma a pedir apoios em material gastável, para que as parteiras comunitárias realizem partos com mais segurança.

Domingas Cahepa, outra interlocutora, reforça a necessidade de material para a actividade das parteiras tradicionais e diz, ainda, que os estágios realizados no Hospital Municipal do Balombo têm ajudado a melhorar as suas competências para reduzir as mortes maternas e infantis.

Entretanto, em visita recente ao município do Balombo, a vice-governadora provincial de Benguela para a área Económica, Política e Social, Deolinda Valiangula, reconheceu as dificuldades materiais por que passam as parteiras tradicionais, mas prometeu encontrar apoios junto do governo local.

Para Deolinda Valiangula, muitas vezes, o trabalho das parteiras tradicionais, embora importante, não é valorizado e ressalta a responsabilidade do governo em criar políticas que melhorem as suas condições face aos entraves que as mulheres enfrentam, dada a distância das aldeias em relação ao centro do município.

“As parteiras auxiliam o trabalho dos técnicos de saúde, sobretudo nas áreas mais longínquas, por isso faz sentido arranjar apoios”, garantiu a vice-governadora de Benguela.

As autoridades controlam várias dezenas de parteiras tradicionais que trabalham nas comunidades e aldeias dos dez municípios da província, no intuito de reforçar a assistência a gestantes, para a redução da mortalidade materno-infantil no meio rural.

Fonte: Angop

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