Escolas de Timor-Leste e do Brasil vencem 2.ª edição do concurso infantojuvenil “Era Uma Vez…”

A escola CAFE de Liquiçá, Timor-Leste, e o Instituto Tié, no Brasil, foram os vencedores do concurso infantojuvenil “Era Uma Vez…A Minha Língua” na categoria de conto e ilustração, respectivamente.

         Lançada em Setembro de 2024 pela Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” (Somos – ACLP), a iniciativa é um convite à “união das novas gerações permitindo a aprendizagem e a compreensão da construção de pontes entre realidades distintas”. Ao escreverem e partilharem as suas histórias, “as crianças não só desenvolvem competências criativas, mas também experimentam o poder da cooperação e do respeito mútuo”.

            A edição deste ano, A Minha Língua, celebra a riqueza das variantes do português e a diversidade cultural que esta língua abriga. De Portugal ao Brasil, dos países africanos de língua oficial portuguesa às comunidades asiáticas, cada história é um reflexo da vivência singular de quem a escreveu. A combinação de “palavras e desenhos dá vida a narrativas únicas, que nos convidam a reflectir sobre o poder transformante da educação e da expressão artística”.

            O concurso contou com padrinhos de renome internacional nas respectivas áreas, o conhecida escritora portuguesa, Adélia Carvalho, e o famoso cartoonista brasileiro, Cau Gomez, cabendo-lhes a classificação final dos melhores contos e ilustrações, em conjunto com o júri da Somos – ACLP.

            Assim, o conto “Era uma vez a minha Língua” de Timor-Leste arrecadou o primeiro lugar com um valor pecuniário de 7, 500.00 patacas.

            Foram ainda atribuídas duas menções honrosas ao Brasil com o conto ” A Viagem de Guind” e a Cabo Verde com o conto “O menino que queria descobrir novas línguas”.

            Já na categoria de ilustração o Brasil sagrou-se vencedor ao desenhar o conto de Timor-Leste recebendo um valor de 5,000.00 patacas. Já as duas menções foram atribuídas a Macau com a ilustração do conto São Tomé e Príncipe, e a Angola com a história de Cabo Verde.

            A iniciativa envolveu a participação de uma escola por cada país/região, num total de nove instituições e destinou-se a alunos do 5º e 6º anos de escolaridade (10 aos 12 anos) das instituições de ensino participantes, onde o português é utilizado como língua veicular.

            Cada escola concorreu com um conto original produzido individualmente ou em grupo. Numa fase posterior, os contos foram distribuídos aleatoriamente por todas as escolas participantes para a respectiva ilustração.

            Durante o processo da leitura dos contos, a escritora Adélia Carvalho referiu que cada história contada “é uma prova de que a língua portuguesa é mais do que um instrumento de comunicação: é um elo, uma herança viva que pulsa entre os povos que a partilham”. A também madrinha da iniciativa reiterou a importância da iniciativa concluído que o resultado “é um testemunho da criatividade e do compromisso dessas crianças, mas também um convite a todos nós: a cuidar da língua portuguesa, a usá-la como ponte entre mundos e a garantir que ela continue a ser um espaço onde todos se reconheçam”.

            Por sua vez o ilustrador brasileiro, Cau Gomes padrinho da actividade, reconhece que o concurso organizado pela Somos – ACLP é um evento “valioso e revela a capacidade de mobilização de todos os envolvidos na educação da língua portuguesa, no sentido de reflexão e desenvolvimento de todos os países comprometidos com o ensino e a aprendizagem desde a infância.”

            Até final de Março do corrente ano, a Somos – ACLP irá publicar os contos em livro com as ilustrações, com os textos traduzidos e adaptados para a língua chinesa. O Livro “Era Uma Vez…A Minha Língua” será lançado em Abril.

            A iniciativa tem o apoio (patrocínio) do Fundo de Desenvolvimento da Cultura do Governo da Região Administrativa Especial de Macau.

 

Escolas Participantes:

De Angola participa a Escola Primária 1501 “Dom Moisés”, distrito urbano do Rangel, bairro Vila Alice, Luanda; de São Paulo (Brasil), a Escola Tiê; da Cidade da Praia, em Cabo Verde, o Agrupamento XII- Escola Básica de Ponta d´Água; de Bissau, o Centro de Formação Doze Pedras; de Moçambique a Escola Primária da Maxaquene Khovo, em Maputo; de Macau, a Escola Oficial Zheng Guanying. De Portugal, participa a Escola Básica Dr. Vasco Moniz – Agrupamento de Escolas Alves Redol – Vila Franca de Xira; de São Tomé e Príncipe, a Escola Secundária Patrice Lumumba; e de Timor-Leste, a Escola CAFE Liquiçá.

 

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