Advogada cria fundação para ajudar crianças desfavorecidas
A jovem advogada, Maimuna Sila, apresentou na passada semana, a Fundação “Ana Pereira”(FAP), com a qual pretende dar uma atenção especial às famílias mais desfavorecidas que vivem no limiar da pobreza e sem apoio do Estado da Guiné-Bissau.
A advogada formada pela Universidade de Coimbra, em Portugal, inspirou-se no modo de vida da falecida mãe, que sendo na altura da classe média, tirava um pouco que tinha para partilhar com os que não tinham. Daí atribuiu a Fundação o nome da mãe que faleceu em Dezembro de 2009.
Maimuna Sila comoveu a plateia que assistia a apresentação na Casa dos Direitos em Bissau, quando contou a história da sua mãe que era enfermeira durante 30 anos nos diferentes centros de saúde do Estado. Mas Ana Pereira acabou por falecer em Bissau quando mais precisava de um bom serviço de saúde público. Morreu à espera que saísse a sua junta médica para que pudesse ir para um centro especializado na Europa continuar o seu tratamento.
Segundo apurámos, a Fundação Ana Pereira (FAP) vai atuar nas áreas sociais, educação, saúde e sobretudo lidar diretamente com as crianças carenciadas de famílias pobres.
No ato de apresentação pública dos principais objetivos da Fundação, a Maimuna Sila, que é a presidente da Ana Pereira, revela o desejo de fazer diferença na vida dos que necessitam mais e pedem que os guineenses dêem a mão uns aos outros.
“Temos a ambição de fazer muito mais e acreditamos que não é preciso muito para tal. Por isso, nós pedimos hoje as pessoas que aqui estão que façam a diferença nas pessoas que lhe são próximas”, explicou Sila.
Na sua declaração a imprensa, a advogada anunciou que a fundação tem neste momento duas campanhas prioritárias, que passa pela distribuição de brinquedos e medicamentos às crianças desfavorecidas nos hospitais do país. Dar um sorriso a elas nos hospitais. E, irá desenvolver também um acompanhamento especial aos casos de incidentes domésticos que afetam muito as comunidades rurais.
Com a sua sede em Bissau, a FAP já está a operar na Guiné-Bissau desde de 2016, só que na altura não estava oficializada a legalização.
A cerimónia do lançamento da fundação foi assistida por várias personalidades, familiares, amigos, jornalistas, músicos e políticos, incluindo o pai da presidente da Fundação e o tio Abdulai Silá, que é um dos melhores escritores da Guiné-Bissau.
Fonte: Rádio Jovem