Ativista Rafael Marques é hoje recebido pelo Presidente angolano

O ativista angolano Rafael Marques é hoje recebido pelo Presidente de Angola, depois de ter sido impedido na terça-feira de entrar numa reunião na presidência com organizações não-governamentais e da sociedade civil, para a qual estava convidado.

Num comentário no MakaAngola, jornal “online” liderado pelo ativista, Rafael Marques indicou ter sido “convidado” para uma “audiência privada” com o Presidente angolano, reunião aprazada para as 09:00.

“Através do seu diretor de gabinete, Edeltrudes Costa, o Presidente [João Lourenço] lamenta o incidente desta manhã, durante o qual fui impedido de entrar no palácio como integrante da delegação da sociedade civil. Estou a par das investigações em curso para o apuramento do sucedido e, como fiz notar, acredito na boa vontade do Presidente. Desse modo, será uma honra encontrar-me com ele amanhã [quarta-feira]”, lê-se numa nota no MakaAngola.

Rafael Marques era um dos líderes e representantes da sociedade civil angolana estava previsto participar num encontro convocado por João Lourenço, com o objetivo de se analisarem “questões da atualidade”.

As várias organizações da sociedade civil consideraram na terça-feira “simbólico” e “um passo em frente” para a construção de um diálogo nacional o encontro com João Lourenço.

Entre os presentes, estiveram também o ativista e ‘rapper’ luso-angolano Luaty Beirão, que se escusou a falar à imprensa, e representantes de cerca de uma dezena de instituições, como José Patrocínio, líder da associação religiosa OMUNGA, Alexandra Semeão, da Associação Handeka, Maria Lúcia Silveira, da Associação Justiça, Paz e Desenvolvimento (AJPD) e Belarmino Jelembe, da Ação para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA-A), que destacaram “a franqueza e respeito manifestados por João Lourenço”, salientando o facto de este tipo de encontro ser inédito em Angola.

Presentes estiveram também representantes da Fundação Open Society Angola, Associação Mãos Livres, Centro Cultural Mosaico, AMANGOLA e os Conselhos Nacional e Provincial da Juventude.

Fonte: Lusa

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