Macau vai ajudar Timor-Leste a melhorar qualidade dos serviços de saúde
As autoridades de Macau e Timor-Leste lançaram hoje um projeto de geminação na área da saúde, no âmbito da iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota” e em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Espera-se que esta parceria melhore a qualidade dos serviços de saúde em Timor-Leste, promova a qualificação das instituições e do pessoal de saúde locais e aprofunde a cooperação com os países de língua portuguesa na área da saúde”, declarou o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, Alexis Tam.
Macau prevê investir neste projeto, denominado ‘Hospital Twinning Partnerships’, cerca de um milhão de dólares (900 mil euros), avançou o diretor dos Serviços de Saúde de Macau, Lei Chin Ion, à margem da cerimónia, que decorreu no território na presença de representantes timorenses e da OMS.
Alexis Tam salientou que “através da participação na iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota”, o território pode “apoiar o desenvolvimento da saúde em Timor-Leste”, mas “também melhorar a sua própria competitividade”.
Lançado pela OMS em 2009, o projeto de geminação tem como objetivo ajudar países menos desenvolvidos a melhorar a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde, através da partilha de experiências e apoio técnico de parceiros geminados.
Neste sentido, as autoridades de Macau vão ajudar Timor-Leste, que “ainda não tem um projeto sustentável na área da saúde”, a criar “um regime de medicina geral e a aperfeiçoar o mecanismo de prevenção de doenças”, acrescentou o diretor dos Serviços de Saúde.
Em representação de Timor-Leste, João Manuel Ximenes, do Ministério da Saúde timorense, disse esperar que as futuras gerações beneficiem desta parceria e mostrou-se confiante na “participação ativa” de Macau nas futuras reformas do país nesta área.
Lançada em 2013, pelo Presidente chinês, a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” materializa a nova vocação internacionalista de Pequim. Líderes de 27 países, incluindo o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, participam hoje no segundo dia do fórum “Uma Faixa, Uma Rota”, em Pequim.
Portugal é, até à data, um dos poucos países da União Europeia a apoiar formalmente um projeto que tem suscitado divergências com as potências ocidentais, que veem uma nova ordem mundial ser moldada por um rival estratégico, com um sistema político e de valores profundamente diferentes.
O gigante projeto de infraestruturas visa ligar o Sudeste Asiático, Ásia Central, África e Europa, e é visto como uma versão chinesa do ‘Plano Marshall’, lançado pelos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, permitindo a Washington criar a fundação de alianças que perduram até hoje.
Fonte: Lusa