Em declarações à Inforpress, Vera Duarte explicou que este convite por parte das autoridades brasileiras vem na sequência de várias actividades literárias que tem feito com o Brasil, inclusive a publicação dos livros, a reedição da “Candidata” e “A palavra e os dias” e por ter académicos brasileiros a debruçarem-se sobre a sua escrita.

“Quer a bienal, quer o convite para ir falar no simpósio em São Luís do Maranhão, quer o convite para o encontro de mulheres escritoras em Sergipe ou então para ir falar do diálogo entre Cabo Verde e Brasil, em termos literários na Academia de Letras são convites que surgem dessa actividade que eu venho tendo um bocado com o Brasil e dos académicos brasileiros estarem a estudar a minha escrita”, disse.

De 16 de Agosto até 02 de Setembro, a escritora vai estar a circular um pouco pelo nordeste brasileiro, isto é estará em universidades e academias de Sergipe, Aracaju, Glória, Fortaleza, São Luís do Maranhão e Ceará.

A maratona inicia-se no dia 16 pela cidade do Ceará, em que a escritora, a convite da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, participa na XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará sob a temática “As Cidades e os Livros”, que decorre até 25 de Agosto.

Segundo disse, este evento procura trazer cada vez mais ao de cima, a educação, a cultura, o conhecimento, a economia e a cidadania, buscando contribuir para a “reinvenção da vida por meio da palavra em suas múltiplas possibilidades”.

No âmbito desta bienal, a escritora vai estar na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB), para abordar o tema “A poesia com voz de mulher no encontro de oralidade e escrita.

Vera Duarte marcará presença no encontro de mulheres escritoras, que acontece no dia 22 em Sergipe, cuja ideia é ouvir escritoras brasileiras e cabo-verdianas sobre o tema “Além, muito além daquelas ondas: vozes mulheres”.

Do Brasil marcará presença a escritora Conceição Evaristo e de Cabo Verde para além de Vera Duarte estará presente Dina Salústio.

Para além de falarem da escrita de autoria feminina, vão abordar a relação literária entre Cabo Verde e Brasil que, segundo recordou, vem desde o tempo dos Claridosos e que passa por tantos autores brasileiros e cabo-verdianos.

“Vamos falar também da questão de literatura e cidadania e de temas que se desenvolvem à volta da escrita”, informou.

De 30 de Agosto a 02 de Setembro, a escritora cabo-verdiana participa na Bienal do Rio de Janeiro a convite da editora Nandyala.

“Na bienal vamos falar muito das cidades, memórias, e livros, ou seja, não é só estritamente literatura e as suas conexões”, salientou.