Sociedade transformada em peças de arte moderna

“Sem Makas” é o título da exposição de pintura de Guilherme Mampuya patente até 30 deste mês, no seu atelier, no Zango 0, município de Viana, em Luanda.

A mostra contempla 12 obras de pintura, desenvolvidas com recurso à técnica mista e acrílico sobre tela, cujo objectivo consiste em transformar a realidade angolana em peças de arte contemporânea.

A exposição, além de valorizar as expressões típicas da nossa angolanidade, propõe uma reflexão profunda sobre os fenómenos que tem afectado o tecido sociológico e antropológico dos luandenses, em particular, e dos angolanos, em geral.

“Sem Makas”, ou em português cuidado “Sem Problemas”, traduz um grito de alívio depois de se contornar situações complexas do quotidiano com muita crença e acções concretas, segundo o artista.

A abertura da exposição, no dia 31 de Agosto, coincidiu com a IV edição do projecto literário “Palavra Poética”, que contou com a participação de Gino Sacramento, Zola Ramos, Lídia Pinto, Lu Matamba, Nguimba Ngola e do Poeta Gago ouvidos ao som de Bona Sky.

Inaugurado em 2016, o Atelier Guilherme Mampuya tem cumprido o propósito. Ao longo de 2018, o espaço cultural realizou três exposições, lançando sete talentos ao mercado das artes, entre os quais Uolofe, Denise Luise e Serafim Serlon.

A preocupação com a literatura nacional, fez com que desenvolvessem o projecto “Palavra Poética”, que soma a IV edição, tendo a palavra falada como pano de fundo.

Guilherme Mampuya Wola concluiu, em 2000, a licenciatura em Direito na Universidade de Kinshasa (RDC) e, dois anos depois, ingressa no curso de Pintura Básica, no Atelier de Avelino Kenga.

Aperfeiçoou a técnica do retrato no Curso de Pintura de Retratos, no Atelier Honesto Nkunu (Luanda). Em 2005, torna-se membro da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP) e, a partir dessa data, inicia uma trajectória de exposições regulares, a nível nacional e internacional.

Fonte: Jornal de Angola 

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