Plataforma Azul quer unir cidades, universidades e media em torno dos oceanos
A Plataforma Azul (PA) vai debater hoje em Vila Nova de Gaia a criação de redes de cidades, académicas e media para refletir sobre a sustentabilidade dos oceanos, tentando cativar a China para a solução do problema.
O administrador da Global Media Group, detentora do jornal Plataforma Macau, que criou a PA, Paulo Rego, falou à Lusa de um projeto criado em junho e que terá em Gaia, no âmbito do Fórum Internacional de Gaia (FIGaia) 2019 o seu primeiro grande debate em solo nacional.
Durante 11 dias e até domingo, o FIGAIA vai debater o desenvolvimento sustentável e a construção da paz, num total de 80 ações envolvendo o meio ambiente e a cultura.
A marca Plataforma Azul “nasceu no âmbito da diversificação de atividades e dos modelos de negócio do Plataforma Macau”, que é um jornal bilingue, em português e chinês, com sede em Macau, e desse projeto nasceram três novas marcas, o Plataforma Sabores, o Plataforma Grande Baía e a Plataforma Azul, explicou o administrador.
“Num mundo que tem debatido a sustentabilidade e a nova economia de uma forma pouco científica e consciente e que é pouco partilhada, mas muito politizada (…), privilegiando os interesses nacionais e não o comum (…), a PA pretende debater e provocar soluções para a economia sustentável, concentrada na sustentabilidade dos oceanos”, explicou o responsável.
Salientando que “existe uma linha física [oceano] que liga todas estas geografias [países de língua portuguesa] e que significa um mar de oportunidades”, Paulo Rego vincou dever a presente geração “às próximas uma atitude responsável sobre o que está em causa”.
“Estamos a falar da sobrevivência do planeta e dos modos de vida que temos, mas queremos fazê-lo como uma lógica de oportunidades, unindo geografias, interesses globais e que descubra na economia azul oportunidades de negócio, de lucro e para a formação de redes”, acrescentou.
Usando como justificação para a presença da marca na conferência em Gaia o objetivo de criar “o conceito de redes de regiões e de cidades”, assinalou a presença de “parceiros da plataforma do Brasil, de África, de Macau e da China” a quem querem “juntar redes de cidades e também académicas para a produção de conhecimento, com o envolvimento dos media”.
“Macau é hoje um dos centros operacionais da maior região económica do mundo, a região do grande delta do rio das Pérolas, que envolve nove cidades mais Macau e Hong Kong (…) o que vai permitir trazer a China para a questão, o que será incontornável numa economia sustentável”, disse o responsável.
E acrescentou: “não podemos olhar para o futuro, a 10 ou 15 anos, da economia sustentável sem incluir aquela que é uma das duas maiores economias do mundo [China]. (…) A economia azul é uma grande oportunidade nessa região, que representa 14% do Produto Interno Bruto da China”.
Fonte: Lusa