Guiné-Bissau presente no primeiro campeonato mundial ‘online’ de jogo de damas
A Guiné-Bissau defronta este sábado a Holanda nos quartos-de-final do primeiro Mundial de jogo de damas ‘online’, disputado por 29 países, entre os quais três lusófonos, disse à Lusa o presidente da federação da modalidade, Gibril Sarr.
Além da Guiné-Bissau, Portugal e o Brasil participaram no torneio, que, se não fosse pandemia, deveria ter lugar na Turquia, observou Sarr, presidente da federação e um dos quatro jogadores guineenses no Mundial.
Portugal e o Brasil foram eliminados na fase de grupos.
Único representante lusófono ainda em competição, a Guiné-Bissau vai tentar chegar as meias-finais, mas para tal terá que vencer, no sábado, a Holanda, com quem perdeu na fase de grupos.
Desta vez, Gibril Sarr acredita que a sorte irá sorrir aos guineenses.
“Agora vamos fazer melhor. Preparamo-nos muito bem”, afirmou Sarr, que forma a seleção guineense com Infali Mané, Uende Té e Lassana Djassi, vulgo Bá Djassi. Por norma, cada seleção pode ser representada por até oito jogadores.
“Na Guiné-Bissau somos poucos os jogadores que utilizam o computador para jogar, muitos jogam apenas no tabuleiro. Não foi fácil arranjar jogadores que sabem jogar no computador”, enfatizou o presidente da federação de jogo de damas.
A Guiné-Bissau é membro da federação mundial de jogo de damas desde 2017, mas é a primeira vez que participa num campeonato do mundo logo na edição em que é disputado a nível de países. Até aqui o torneio era disputado entre jogadores individuais, contou Gibril Sarr.
Além da Guiné-Bissau, outros quatro países africanos inscreveram-se no torneio (Costa do Marfim, Mali, Senegal e Uganda), dos quais apenas restam os guineenses e os marfinenses.
Os outros foram eliminados na fase de grupos, explicou Sarr.
O jogo de damas do Mundial ?online’ decorre em partidas que não ultrapassam 30 minutos, com dois árbitros: O próprio computador, que tem um sistema operativo instalado para controlar os jogos e um ser humano que acompanha de forma retoma.
Mas, a partir das meias-finais, os jogos serão seguidos através de câmaras de vídeo que cada país terá que montar na sua sala do jogo.
A sala da casa de Gibril Sarr é onde ‘joga’ a seleção guineense.
Muitos adeptos já manifestaram vontade de assistir aos jogos da Guiné-Bissau, frente à Holanda, mas Girbil Sarr receia que a presença do público possa dificultar a concentração dos jogadores e ainda que haja riscos de contagio devido à covid-19.
Fonte: Lusa