Apresentada Associação de Escritores, jornalistas, Editores e Tradutores de línguas
A Guiné-Bissau dispõe desde ontem, 4 de agosto, de uma organização de apoio aos escritores, jornalistas e editores perseguidos, presos, torturados ou exilados, denominada (PEN Guiné-Bissau) que é a abreviatura de Poets, Essayists, Novelists (poetas, enssaístas e romancistas).
De acordo com a nota distribuída à imprensa na cerimónia de apresentação pública da organização, a PEN Guiné-Bissau é uma associação sem fins lucrativos e apartidária, limitada à escritores, jornalistas, editores e tradutores de línguas nacionais, e foi criada em 2013, no congresso anual do PEN Internacional, que decorreu em Outubro de 2018, em Londres, Inglaterra.
De acordo com o documento, os objectivos do PEN Guiné-Bissau são, para além dos comuns à todos os outros ( promoção de literatura, defesa da liberdade de expressão), o aumento da literacia, facilitação do acesso ao livro, elevação do hábito e gosto pela leitura e advocacia para a inclusão do ensino da literatura guineense no currículo escolar, tanto do ensino público como no privado, no país.
Na ocasião, o Presidente da PEN Guiné-Bissau, Abdulai Silá disse que para que haja um desenvolvimento da literatura tem que existir a liberdade de expressão e quando este se consolida apoia o avanço da literatura.
Por isso, assegurou, a organização irá trabalhar em defesa dos direitos humanos, em particular, no que refere a liberdade de expressão e de imprensa.
Para além disso, conforme o Presidente, pretende-se contribuir para que a literatura tenha elevação no país, porque segundo os dados disponíveis em 2014, 15 por cento da população guineense está fora do sistema escolar, o que na opinião de Sila “está-se a fabricar analfabetos”.
Abdulai Silá afirmou que organização está disponível para apoiar a criação de clube de leitores e promoção da escrita através da advocacia junto das autoridades para que a literatura guineense seja incluída no currículo escolar, por forma promover a boa imagem, o sentimento de pertença, da unidade nacional e da consolidação da nação guineense.
Segundo Silá existem actualmente Centros de PEN em mais de 100 países, incluindo a Guiné-Bissau, constituída por uma rede mundial de solidariedade activa na defesa dos direitos humanos, em particular no que toca com a liberdade de expressão e de imprensa, promovendo apoios aos escritores, jornalistas e editores perseguidos, presos, torturados ou exilados.
A PEN Internacional fundada em Londres, em 1921 era, inicialmente,,constituída por escritores, mas actualmente congrega no seu seio Jornalistas, editores, tradutores e bloguistas.
Fonte: Agência de Notícias da Guiné