MOVE: ‘acordar-agitar-implementar’ na génese de um negócio sustentável e autossuficiente

A Organização Não-Governamental (ONG) portuguesa MOVE promoveu uma feira na Fundação Oriente subordinada ao tema O Futuro do Empreendedorismo em Timor-Leste. No evento, a presidente da organização, Catarina Marques, destacou o que entende serem os principais constrangimentos no desenvolvimento de um negócio no país e explorou os três passos fundamentais para, no seu entendimento, fazer emergir a posse de um espírito empreendedor e, consequentemente, criar um negócio sustentável e económico-financeiramente bem fundado.

A seu ver, as maiores dificuldades passam por identificar aquilo que será uma boa ideia, elaborar um bom plano de negócio e possuir um capital inicial. “Estes são os três principais constrangimentos no desenvolvimento do empreendedorismo”, informou à Tatoli, em Lecidere, Díli.

Catarina Marques explicou que a MOVE atua em Timor-Leste facultando formação a empreendedores timorenses no domínio de competências económicas, versando, entre outros, a procura de ideias de negócio empreendedores que permitam aos formandos aceder aos mercados.

“A MOVE em Timor-Leste dispõe de três programas – o WAKE, o SHAKE e o MAKE – para apoiar os empreendedores a desenvolver as ideias de negócio, pois o setor é importante para o desenvolvimento do país”, declarou Catarina Marques.

A dirigente sintetizou algumas noções desta tríade WAKE-SHAKE-MAKE (numa tradição livre: acordar-agitar-implementar): o WAKE visa “promover e inspirar o germinar de ideias de negócios” nas comunidades, através de dinâmicas de problematização da realidade envolvente. Já o programa SHAKE visa “apoiar os empreendedores a transformar uma boa ideia num modelo de negócio viável”, enquanto o último, o MAKE, “presta assistência através de consultoria, lado a lado com os empreendedores, a criarem projetos viáveis em negócios sustentáveis, autossuficientes, e com impacto para os próprios e para a família e a comunidade”.

“O grande objetivo do projeto é que cada vez mais existam empreendedores que consigam gerar os seus próprios rendimentos para tomarem as suas próprias decisões”, especificou a presidente da ONG.

Questionada sobre a assistência da MOVE para garantir que empreendedores timorenses criem negócios sustentáveis, Catarina Marques afirmou que “é fundamental assegurar que a ideia a desenvolver é boa, que se tem um modelo de negócio e uma implementação conscientes”.

Presente no evento, Manuel Vong, docente do Dili Institute of Technology (DIT), considerou também que o setor do empreendedorismo em Timor-Leste assume um papel importante no desenvolvimento económico do país. “O empreendedorismo é muito importante, pois cria empregos para o próprio e também para terceiros. Para um negócio ser sustentável, os indivíduos envolvidos no setor têm de ser criativos para estabelecer uma rede de parceiros, de modo facilitar o acesso dos produtos aos mercados”, referiu.

A MOVE foi fundada em 2009 e atua em Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Um dos seus lemas acreditar que o empreendedorismo é uma forma de combater a pobreza.

Fonte: TATOLI

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