Teve início esta sexta-feira, 4 de Agosto, a compra do material de construção da minibiblioteca na Escola primeiro Completa Matchik Tchik, processo que vai continuar durante o dia de hoje.

A mini cerimónia do lançamento da primeira pedra está agendada para terça-feira, dia 8 de Agosto, e conta com a presença da directora da escola, Stella Lanha, e as estruturas do bairro, o secretário do Bairro Polana caniço B e o representante da educação ao nível do distrito Kamaxakene.

A cerimónia vai contar com alguns artistas e representantes da Associação Cultural Hodi Maputo Afro Swing, os nossos parceiros no terreno sem os quais nada deste sonho seria materializado.  Durante o evento está prevista a apresentação de alguns números de dança pelo grupo cultural da escola orientado pelo Hodi Swing Júnior.

A Somos! sonha e defende que todos devemos ter um papel de responsabilidade social, existe uma espécie de compromisso interno com a edução e proporcionar, na medida do possível, uma vida melhor. Isto faz-nos reflectir sobre a nossa primeira iniciativa solidária: “Sorrisos em São Tomé” e, em sequência, contribuir para uma sociedade mais feliz.

Uma das nossas missões é a promoção da comunicação em língua portuguesa, nas suas mais variadas formas, a solidariedade é uma delas.

O resultado da campanha: “Moçambique: um conto solidário” é a descrição perfeita de como a colaboração pode fazer a diferença que, por meio do apoio mútuo, podemos realizar pequenos grandes projectos que beneficiam as comunidades. Esperemos continuar a contribuir para outras causas e a apoiar planos semelhantes no futuro. A união de esforços e a dedicação à educação podem fazer grandes coisas acontecerem, e a biblioteca é um testemunho vivo disso.

Uma biblioteca é um lugar mágico, as páginas dos livros ganham vida e transportam-nos para o mundo do conhecimento e imaginação. É um espaço que inspira, ensina e desperta a curiosidade. E mesmo que o processo de execução possa trazer alguns desafios, a chegada do material é um sinal tangível de que o sonho está a ganhar forma.

Ontem a escola Matchik Tchik recebeu  parte da matéria-prima para a construção da “nossa” minibiblioteca e os tijolos, cimento, areia, entre outros materiais, originou uma onda de alegria e entusiasmo para as crianças, professores e todos os envolvidos no projecto. Estávamos conscientes que esta espera fazia (e faz) parte do processo.

Dos vídeos que foram chegando foi possível ver, imaginar e sentir o brilho no olhar curioso e expectante de cada criança que observava cada caminhão que ia chegando e descarregando os materiais de construção. Elas sabem que a partir de agora, aqueles tijolos, vão dar lugar a um outro mundo, o da leitura e a possibilidade de explorar novas histórias e expandir a imaginação.

Cada peça que chegava era uma promessa de novas possibilidades e oportunidades para os alunos da escola e do bairro de Polana Caniço, mais que os materiais, a matéria são blocos de construção de um futuro repleto de novas aprendizagens

Enquanto os materiais eram descarregados e organizados, os voluntários e membros daquela comunidade uniram-se ainda mais, isto faz-nos acreditar no nosso propósito: que a construção de um mundo melhor depende do esforço colectivo e mútuo.

Depois de algum atraso com processos burocráticos não diminuiu a alegria e a determinação de todos os envolvidos. Pelo contrário, fortaleceu ainda mais o juízo da decisão e da gratidão por cada etapa alcançada.

A construção de uma biblioteca é mais do que erguer paredes e instalar prateleiras. É um processo de criação, de transformar um espaço num refúgio de conhecimento e invenção com impacto positivo em cada um de nós mas, sobretudo, para a vida das crianças será duradouro.

Esta sexta-feira, 04 de Agosto, foi um dia de esperança também para os professores ao imaginarem as possibilidades educacionais. Esta partilha de expectativa e união faz-nos aceitar que vale a pena perseguir os sonhos. E quando a biblioteca estiver pronta, a alegria será ainda maior, num espaço especial que reflete não apenas o poder transformador da leitura, mas também um símbolo concreto de que os sonhos podem virar realidade.